quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BLUES DO PAI MORTE

Na edição n° 39 de “Aventuras de uma Criminóloga”, Julia está no conforto de sua cama lendo um livro de poesias, enquanto sua maior inimiga, a serial killer Myrna Harrod, está pondo em prática seu plano de fugir da prisão.

“Blues do pai morte” é a poesia que Julia está lendo, e suas frases se encaixam perfeitamente com as ações da Myrna assinando a diretora do presídio.

“Blues do pai morte” é uma poesia de Allen Ginsber, que foi escrita em 1.976 durante um vôo sobre o Lago Michigan.

A poesia tem tudo a ver com Myrna, devido seu relacionamento tortuoso com seu pai, talvez o causador do seu instinto assassino, mas isso é assunto para uma postagem futura.









Leia a poesia na integra:
BLUES DO PAI MORTE

Ei, pai morte, estou voando pra casa
Ei, velho, você está sozinho
Ei, velho paizinho, eu sei pra onde vou

Pai morte, não chore mais
Mamãe está lá, embaixo do chão
Irmão morte, por favor, tome conta da casa

Velha titia morte, não esconda seus ossos
Velho tio morte, eu escuto seus ais
Oh, irmã morte, são doces os seus lamentos

Oh, crianças morte, respirem seu ar
O peito ofegante vai aliviar a morte de vocês
A dor passou, as lagrimas levam o resto

Gênio morte, sua arte está completa
Amante morte, seu corpo se foi
Pai morte, estou indo pra casa

Gênio morte, suas palavras são verdadeiras
Professor morte eu lhe agradeço
Por me ensinar a cantar esse blues

Buda morte, eu acordo com você
Darma morte, sua mente é verdadeira
Sanga morte, vamos superar isso tudo

Sofrer é o que nasce
Ignorância me fez esquecer
As verdades amargas não posso desenhar

Pai sopro, mais uma vez adeus
Sua herança não foi ruim
Meu coração está parado, como o tempo dirá.

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